Como se preparar para a 'tsunami' que está vindo por aí

Por Jorge Antonio Barros
@reporterdecrime no Twitter

Repórter de Crime também é cultura. E férias é igualmente tempo de...aprender. Por isso tive a chance de participar de duas excelentes iniciativas nos dois últimos dias. Em São Paulo, estive no Seminário sobre Jornalismo Online, organizado pelo Knight Center da Universidade de Austin e pela Faculdade Cásper Líbero; e hoje, na Casa de Laura Alvim, fui ao seminário sobre Cultura Digital, organizado pela Secretaria de Cultura do Estado do Rio, que acaba de lançar o portal Cultura.rj, que promete não ser apenas institucional. Como sempre costumo fazer, vou compartilhar com os leitores algumas dicas que rolaram:

1) No seminário sobre Jornalismo Online, a grande novidade para mim foi o programador Pedro Valente, do Yahoo, que falou sobre algo que deveria interessar a todo cidadão antenado com a necessidade, por exemplo, de monitoramento de gastos públicos: "extrair da internet dados públicos na marra". Pedro defende que os jornalistas que quiserem trabalhar bem na internet terão que uma hora ou outra se aproximar dos programadores de computação, também conhecidos como desenvolvedores, pelo jargão da tribo cibernética. Em outras palavras, hackers do bem, que sabem entrar num site público e resgatar de lá aqueles dados que podem nos dar qualidade de vida, mas os governos não gostam de dar pra todos. Curiosamente só dão para os mesmos. A apresentação de Valente está aqui.

2) A jornalista Katie King, do MSN UK de Londres, apresentou uma ferramenta que não conhecia, mas que pode ajudar blogueiros e jornalistas online a percorrerem novos caminhos na narrativa digital: o Photosynth - um site de fotografias que permite ao usuário montar fotos panorâmicas e dar zoom nos detalhes que interessar ao internauta.

3) Ana Brambilla, editora de mídias sociais do Terra; David Butter, editor de interatividade do G1; e Ricardo Feltrin, secretário de redação da Folha de S. Paulo, falaram sobre o jornalismo colaborativo por meio do envio de fotos e vídeos para os sites jornalísticos.

4) Minha amiga Cilene Guedes, coordenadora de plataformas digitais/mobilidade do GLOBO, disse que em 3 anos as vendas de smartphones vão superar as dos computadores pessoais. Cilene diz que o celular é cada vez a mídia do presente e não do futuro, como alguns acreditam. Cada vez mais as pessoas usam o celular para obter informação, ler jornais, ouvir música, produzir e ver vídeos, fotografias e até falar.

No seminário sobre cultura digital, minha colega Ana Cláudia Souza, coordenadora do portal da Funarte, fez ótima performance sobre a importância cada vez maior das mídias sociais. Falar em mídia social para leitor deste blog é chover no molhado, mas a aula de Ana Cláudia valeu a pena. Ela lembrou que os brasileiros estão entre os primeiros do mundo, quando se fala em mídia social - orkut, facebook, twitter etc etc. Hoje em dia tem site até para intercâmbio de casa com turistas.

Por fim, tive o privilégio de conversar com a professora Heloísa Buarque de Hollanda, da UFRJ, uma visionária da cultura brasileira, que me falou em vídeo sobre a tsunami que está vindo por aí.



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