Não vou ousar responder a estas perguntas, para as quais inteligências infinitamente mais competentes que a minha já teceram considerações brilhantes. Mas, arrisco, sim, a afirmar que o modo como estamos e agimos neste Planeta faz diferença [boa e má] para nós e os que aqui também moram, próximos e/ou desconhecidos, independentemente do tempo que a vida de cada um dura.
Por isso entrei nessa até a medula. E não é fácil.
Quem poderá dizer que não quer paz? Ah, sim, os 'senhores das armas' lucram muito com as guerras. E como permitimos que uma completa e minúscula minoria se arvore ao direito de nos matar, seja com bombas, tiros, de fome de comida e/ou de cultura? Decidi que não permitiria. Ilusão? Não. Possível? Sim. Como? Simples, transformando a cultura de guerra, com a qual nos acostumamos ao longo dos últimos sete mil anos, e nem nos damos conta, em uma Cultura de Paz. Como? Transformando nosso modelo mental, o que requer uma ginástica interna colossal.
Algumas pistas disso tudo estão no livro lançado ontem, no MASP, durante o 85º e último fórum do Comitê Paulista para a Década da Cultura de Paz, movimento composto por pessoas e organizações, conduzido e coordenado pela Associação Palas Athena através de Termo de Parceira com a UNESCO, iniciado em 1999. Cultura de Paz: da reflexão à ação é mais que ideias de alguns iluminados. Propõe a reflexão, mas chama à ação de cada um de nós para estancar nossa própria sangria, porque o Planeta está pouco se lixando para nós - se reorganizará conosco ou 'semnosco'.
Tive a inenarrável honra de editá-lo e de caminhar junto com o Comitê na última década. Estou segura de que mudou meu modo de ser/estar no mundo, enquanto ainda estiver por aqui.
[Veja também o belíssimo post de Vany Laubé [@mosaicosocial], que fez assistência de edição e esteve no lançamento de ontem.]
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