Elisabete Santana
Estamos finalizando a Década Internacional para uma Cultura de Paz e Não Violências para as Crianças e Jovens do Mundo, criada pela ONU e coordenada pela UNESCO, mas tudo o que se realizou e vem se sucedendo parece [e é!] muito pouco diante do que há por fazer. Enquanto prevalecer uma certa ideia arcaica, obsoleta e ineficaz de que paz é tão só 'ausência de guerra', ou a Pax Romana - que cessa a guerra pela dominação dos perdedores, ou a paz interior devotada exclusivamente ao indivíduo, estaremos em maus lençóis, necessariamente enxarcados de sangue.
Políticas públicas são fundamentais para criar uma nova cultura, uma outra dinâmica de convivência embasada em ao menos seis princípios: Respeitar a vida, Rejeitar a violência, Ser generoso, Ouvir para compreender, Preservar o Planeta e Redescobrir a solidariedade. Estes são os princípios do Manifesto 2000 por uma Cultura de Paz, elaborado por laureados com o Prêmio Nobel da Paz, em 1998, por ocasião da celebração dos 50 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos.
Politicas públicas fundadas em, ao menos, oito eixos que contemplam todas as áreas do saber e afazer humanos: Cultura de Paz através da Educação; Economia Sustentável e Desenvolvimento Social; Compromisso com Todos os Direitos Humanos; Equidade entre Gêneros; Participação Democrática; Compreensão – Tolerância – Solidariedade; Comunicação Participativa e Livre Fluxo de Informações e Conhecimento; e Paz e Segurança Internacional.
É fácil? Não. Mexe, necessariamente, com poderes escusos estabelecidos e com nosso conforto na simples indignação que não se torna ação. Afinal, a manifestação abaixo - em plena manhã de um domingão, com tempo frio e instável - estava praticamente vazia. Mas, é possível.
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