Empresas brasileiras são mais rápidas no recrutamento

Pesquisa da Robert Half comparou processos seletivos de 13 países. Além de ser o mais ágil, Brasil é o que mais usa redes sociais para recrutar

Luciana Carvalho, de EXAME.com 
28/07/2010

As empresas brasileiras também ficaram em primeiro lugar no uso de sites e redes sociais e profissionais no recrutamento. 21% das nacionais declararam usar essa ferramenta nas seleções, número de destaque diante dos resultados dos outros países. Nesse quesito, a Espanha veio em segundo lugar, com 18% das empresas respondentes.

São Paulo - As empresas brasileiras estão rápidas no gatilho das contratações. Pelo menos esta foi uma das conclusões de uma pesquisa feita pela empresa de recrutamento Robert Half com 2.819 executivos de média e alta gerência de 13 países - Áustria, Bélgica, Brasil, República Tcheca, Dubai, França, Alemanha, Irlanda, Itália, Luxemburgo, Espanha, Suíça e Holanda.


De acordo com o estudo, 72% dos processos seletivos brasileiros duram até três semanas, enquanto nos outros países a seleção chega a demorar até cinco semanas. Para o diretor de operações da Robert Half, Fernando Mantovani, essa rapidez pode estar relacionada ao número de pessoas envolvidas na escolha dos candidatos. "Em empresas multinacionais, por exemplo, os processos seletivos tendem a ser mais longos, a tomada de decisão é maior". Já nas companhias brasileiras, os setores de recrutamento são mais autônomos para decidir quem serão os novos funcionários.


Redes sociais

As empresas brasileiras também ficaram em primeiro lugar no uso de sites e redes sociais e profissionais no recrutamento. 21% das nacionais declararam usar essa ferramenta nas seleções, número de destaque diante dos resultados dos outros países. Nesse quesito, a Espanha veio em segundo lugar, com 18% das empresas respondentes.

Mantovani acha difícil explicar este resultado sem conhecer a fundo a cultura dos outros países, mas arrisca dizer que os recrutadores buscam as redes sociais em maior quantidade no Brasil por duas possíveis razões. A primeira é a grande popularidade das redes sociais no país, fazendo delas uma fonte de informações e de comunicação com os candidatos. A segunda é a busca do maior número possível de ferramentas para selecionar. "No Brasil, a maioria das empresas não contrata consultorias externas para recrutar. Com isso, os setores de RH das companhias precisam buscar o maior número de fontes para fazer uma boa seleção".

Mesmo com as ferramentas online, a entrevista é vista como imprescindível em todos os países pesquisados. O levantamento mostrou que, no Brasil, as contratações são feitas, em geral, depois de duas ou três rodadas de entrevistas. Já os currículos não recebem tanta atenção. No mundo todo, análise das experiências dos candidatos não passa de dez minutos.

O perfil desejado varia entre os países, de acordo com a cultura de cada um. No Brasil, os gestores preferem pessoas que saibam trabalhar em grupo (47%) e que tenham perfil de liderança (22%). Já na República Tcheca e em Luxemburgo, os profissionais de destaque são aqueles que têm conhecimento do negócio onde a empresa atua (39%) e, na Holanda, habilidades de comunicação são as mais valorizadas (35%).

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